STAUROS

Stauros  é uma banda de metal progressivo, que surgiu no início dos anos 1990, até que no ano de 2005 encerrou oficialmente suas atividades, o grupo possuía fãs tanto no meio cristão como no secular. Sua última formação tinha Celso de Freyn nos vocais, Alessandro Lucindo e Renatinho nas guitarras, Elias Vasconcelos no baixo e Edinho na bateria.


História


Início
O Stauros surgiu quando a "parte pop" da banda Saraterra (que fazia cover de diversas bandas cristãs do país) sai do grupo, que decide adotar um estilo um pouco mais rock. A banda é bem aceita em um festival de música em Santa Catarina e troca o seu nome para Stauros. No mesmo ano de 1995 o grupo grava seu primeiro cd, intitulado "Vento Forte".

Lançamento do álbum "Sentido da Vida", o início do reconhcimento na grande mídia - a era Celso de Freyn
Em 1996, Renatinho deixa os vocais a cargo de Celso de Freyn e passa a se dedicar exclusivamente a guitarra. O grupo assina contrato com a Gospel Records e em 1997 lançam o segundo disco, "Sentido da Vida", que se tornou um marco na cena cristã brasileira com clássicos como "Toda Dor", "Pacto com Deus" e a virtuosa "The Moment". O lançamento é seguido por uma turnê no pais inteiro, e no exterior teve reconhecimento pela imprensa especializada e com músicas incluídas na compilação da revista “Heavens Metal Magazine”.


Mundança de vocalista - a era César
Em 1999, Celso de Freyn deixa a banda, e é substituído pelo então tecladista da banda César. Esse é o início da fase de maior projeção do grupo, começando por abrir o show da banda Bride, e lançando os discos Seaqueake e Adrift. Em Seaquake o português é trocado pelo inglês como idioma das letras, e as do baxista Venâncio Domingos ganham em especial uma profundidade única, que continuaria no próximo disco. Além das mudanças nas letras, o som se torna mais pesado com uma qualidade técnica superior, principalmente por parte do guitarrista Renatinho, músicas como Seaquake, Friendly Hand e Vital Blood tornam-se verdadeiros clássicos.
Adrift, lançado em 2001, segue a mesma linha do disco anterior. Recebe maior reconhecimento da imprensa, que curiosamente o grupo afirma no agradecimento do disco fingir que a banda não existe. O disco é comercializado também em lugares como Argentina, Estados Unidos, Europa e Japão. A formação da época de 1999-2002 era: César (Vocais), Renatinho (Guitarras), Alessandro (Guitarras), Venâncio (Baixo) e Alessandro (Bateria).


Mais mudanças, e o retorno de Celso de Freyn
A divergência de pensamentos entre os membros gera a saída de Venâncio (baixista), Alê(baterista) e César (vocal), somente restando os guitarristas Alessandro Lucindo e Renatinho, em substituição ingressam no baixo Elias Vasconcelos, na bateria Edinho, e no vocal o antigo vocalista Celso de Freyn volta a banda. Como resultado da nova formação, em 2003 é lançado o EP Marcas de um tempo. As letras de todas as canções do disco foram compostas em português, seguindo a linha antiga da banda, antes do álbum Seaquake. O crítico Maurício Gomes Angelo, após dar nota 7 ao EP, complementa:
"Depois de dois ótimos álbuns(Seaquake e Adrift) e da segunda mudança de formação com a entrada de Edinho na bateria, de Elias Vasconcelos no baixo e a volta de Celso de Freyn no vocal, o Stauros lança este EP a título de apresentação da nova formação.
A julgar pela capa, a mais bonita da história da banda na minha opinião, o trabalho já começa muito bem.
A prometida volta ás raízes foi cumprida. Os “ecos” do clássico O Sentido da Vida são inevitáveis. Mas este novo Stauros não é apenas uma repetição do que eles haviam feito no passado.
Alessandro e Renatinho, a dupla de guitarristas, continuam ótimos, executando um bom heavy tradicional de melodias e arranjos cuidadosos com letras em português, que estão de volta, aproveitando o potencial de Celso.
A bateria de Edinho apresenta-se apenas correta e reservada durante o álbum, não permitindo uma avaliação mais completa, mas cumpre bem o seu papel.
Elias Vasconcelos, advindo da banda thrash Deliver, já ocupa destaque no grupo, mostra que o Stauros não perdeu muito em termos de baixo, salientando que ele ainda não mostrou 50% do que sabe, espero que ocupe um papel ainda mais preponderante na banda, podendo desfilar todo seu peso e técnica.
Celso de Freyn, o aclamado vocalista, não mudou muito, talvez com linhas vocais um pouco mais melódicas e delineadas, menos agressivas.
Conflitos Mortais, que abre o EP, é de cara a melhor composição, a mais pesada e mais técnica, a atuação mais heavy das guitarras, faz a alegria dos headbangers fãs da banda.
Cidade sem Luz mostra que apesar das declarações de que iriam diminuir a progressividade em sua música, essa característica apresenta-se muito forte nesta composição, com bom peso, temos a música mais trabalhada do álbum.
A faixa título, uma balada, tem violões dobrados e uma bela atuação de Celso, mas não chega a ser clássica.
Além do Véu, mostra a velha característica da banda em criar composições que começam lentas e cadenciadas, e explodem em peso e melodia, balanceando as duas partes, também convence.
As letras, todas de autoria de Celso, mais uma vez mostram a mensagem com inteligência que o Stauros sempre propagou, é bom que continue assim.
Marcas de um Tempo, excetuando a semelhança inevitável com O Sentido da Vida, deixa um bom aperitivo para os fãs. Mas o peso, a agressividade, a velocidade e a maior ênfase nas guitarras foram diminuídas e/ou deixados um pouco de lado, o que não me agrada.
O EP apresenta boas composições, mas ainda falta aquele “punch”, aquela pegada forte de melodias bombásticas que fez o Stauros estar onde está. Espero que eles possam aumentar o volume dos amplificadores, mandar power chords em profusão e desferir solos pesados, técnicos e agressivos. Com isso, não teria medo em afirmar que o próximo full lenght da banda seria mais um clássico do white metal brasileiro.
Eles sabem onde pisam, tem segurança de si, e tem muita competência para fazer o que quiserem, tem um belo grupo e um ótimo vocalista, tudo para crescer ainda mais e continuar sua trajetória de sucesso. Que a veia heavy metal esteja em maior evidência do que nunca durante a composição do próximo álbum, e que venha o dito cujo!"


O fim das atividades
Em 2005 o Stauros encerra suas atividades, após nove anos de carreira. No site oficial da banda, alegaram que tê-lo feito por direção de Deus." Lá publicaram a seguinte nota:


Gostaríamos de informar aos nossos amigos e a todos que admiram nosso trabalho que, por direção de Deus, encerramos as atividades da banda Stauros. Louvamos a Deus pelo tempo em que estivemos juntos, e por todas as oportunidades onde pudemos dar o nosso melhor e nos alegrarmos com toda essa galera do nosso Brasil. Nossa história fica escrita e registrada não só nos nossos cds, mas nas amizades e relacionamentos construídos nesses 9 anos de estrada. Se fôssemos agradecer a cada pessoa que foi importante nessa caminhada, acabaríamos falhando com alguém, mesmo porque foram muitas pessoas que nos estenderam a mão e nos acolheram. Então estendemos a todos aqui o nosso imenso abraço e um coração cheio de alegria e satisfação por tudo o que realizamos em Deus. Fica no nosso coração um profundo desejo de agradar a Deus em todos os nossos passos, e de entregar a Ele o nosso futuro, vivendo abundantemente para Ele no nosso presente. Deixo aqui uma palavra onde Deus falou comigo profundamente:
"Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança. Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." Jeremias 29:11-13.


EP "Praise"
No ano de 2008, após os rumores em alguns fóruns e comunidades na internet é lançado o EP "Praise". Independente, sem patrocínio de nenhuma gravadora e com apenas duas músicas ("01. Em ti" e "02. Me entregar"), o EP surpreende divide os fãs entre controvérsias. A sonoridade leve, os vocais singelos, as guitarras bem comportadas e todo o clima das duas músicas é diferente de tudo o que já se ouviu da banda, e remete ao pop rock, o que desagrada os fãs que haviam visto no EP "Marcas de Um tempo", de 2002, um Stauros em plena harmonia com suas origens calcadas no Heavy Metal. Ao mesmo tempo, outros fãs, e novos ouvintes desconhecedores dos antigos trabalhos da banda, simpatizam com o novo som.


Reunião II
No ano de 2009, mais precisamente em 05 de junho, a banda Stauros fez um show em Curitiba-PR, que contou com a presença de aproximadamente 1000 pessoas. Na ocasião a banda anunciou um novo projeto , entitulado "Stauros Praise", e declarou estar em processos finais de gravação de um novo trabalho.


Praise
Ainda no segundo semestre de 2009 o album de estúdio "Praise" (mesmo nome do EP lançado no ano anterior) vem a público, essencialmente inédito. Composto por 11 faixas, uma das quais Instrumental (a 11ª, entitulada "Alto Preço"), e trazendo do EP de 2008 as faixas "Em ti" (6) e "Me entregar" (9), o novo álbum marca a mais radical mudança de sonoridade já feita pela banda em sua discografia.


Discografia


•    1995: Vento Forte
•    1997: O Sentido da Vida
•    2000: Seaquake
•    2001: Adrift
•    2002: Marcas de Um Tempo(EP)
•    2008: Praise(EP)
•    2009: Praise(álbum)